Este foi o unico céu que vi ontem, da varanda.
Frio,vermelho, uma arvore entre o ceu e eu.
Estavmos lá , na mesma varanda seis silencios, sem saber que rumo tomar, e como será daqui por diante.
Seis silencios gritantes de dor,numa solidão que uma dor não se completava em outra.
cada qual com suas lembranças, seus medos, remorsos,vontade de que tudo aquilo ali não passasse de um breve sonho ruim.
seis silêncios e uma vontade de dizer coisas, mas não havia consolo. Apenas uma porta aberta dizendo ao mundo, que estávamos ali,sem querer.
Seis silêncios, entre a pedra que fecharia o túmulo, ao pedido de socorro atraves das paredes fria, que naquela noite fazia.
O sono que vinha, e resistiamos, por que cada minuto era primordial pra um ultimo adeus,um afago nas mãos gélidas mas a face serena.
Seis silêncios, que faziam daquela noite um filme a rodar entre pensamentos de todas as faltas que fazem os que foram, incorporados naquela sala,como cheiro de flores e choro.
Seis silêncios, onde a fumaça de cigarro servia de consolo, um após o outro, como que, se queimássemos toda a angustia que nos consumia....queríamos apenas queimar nossas dores como se escritas num papel.
Das lembranças que ficam,coisas muito, muito boas,fatos também idesejosos, parte de vidas que queriamos reconstruir,mas a felicidade tinha se instalado lá , do jeito dela, de tal maneira, que ficava impossível conter.
Seis silêncios, que agora caminham em direção a reformular,reestruturar,reeerguer,mais uma vez.
Mais quantas vezes?
seis silencios,
cinco silencios,
quatro silencios,
tres silencios,
dois silencios,
um silencio
silencio.
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