A adolescência é um período de mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais que separam a criança do adulto, prolongando-se dos 10 aos 20 anos incompletos, segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), ou dos 12 aos 18 anos de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente do Brasil.
As piores complicações do parto tendem a acometer meninas com menos de 15 anos e, serão piores ainda em menores de 13 anos. A mãe adolescente tem maior morbidade e mortalidade por complicações da gravidez, do parto e do puerpério. A taxa de mortalidade é 2 vezes maior que entre gestantes adultas.
A incidência de recém nascidos de mães adolescentes com baixo peso é duas vezes maior que em recém nascidos de mães adultas, e a taxa de morte neonatal é 3 vezes maior. Entre adolescentes com 17 anos ou menos, 14% dos nascidos são prematuros, enquanto entre as mulheres de 25 a 29 anos é de 6%.A mãe adolescente também apresenta com maior freqüência sintomas depressivos no pós-parto.
Em 2000, segundo Raquel Foresti, foram realizados 689 mil partos de adolescentes no Brasil, o equivalente a 30% do total dos partos do país. Hoje são mais de 700 mil partos de adolescentes por ano. O número é um golpe contra as várias iniciativas voltadas para a prevenção da gravidez na adolescência.
O que tem preocupado obstetras em geral, é a possibilidade da gravidez na adolescência ser considerada "de risco", com conseqüentes complicações por ocasião do parto. Segundo Marco Aurélio Galletta e Marcelo Zugaib, a gravidez será considerada de risco quando a gestante ou o feto estão sujeitos a lesões ou mesmo morte, em decorrência da gravidez ou puerpério (após o parto).
Segundo esses autores, a mortalidade materna e peri-natal é maior na gravidez na adolescência. No Brasil, grande parte das mortes na adolescência estão relacionadas à complicações da gravidez, parto e puerpério. As complicações mais freqüentes da gravidez e parto na adolescência são:
1- toxemia gravídica, que é uma doença hipertensiva da gravidez com fortes possibilidades de convulsões;2 - maior índice de cesarianas;3 - desproporção céfalo-pélvica, que é uma desproporção entre o tamanho da cabeça do feto e a pelve da mãe;4 - síndromes hemorrágicas, chamada de coagulação vascular disseminada;5 - lacerações perineais, envolvendo vagina e, às vezes do ânus;6 - amniorrexe prematura, que é ruptura precoce da bolsa e;7 - prematuridade fetal.
Um dos sites mais didáticos sobre sexualidade e adolescência é o Manual do Adolescente. Veja um trecho sobre gravidez, um verdadeiro beabá do tema:
"As meninas menstruam todo mês, e entre uma menstruação e outra, os ovários soltam um óvulo. Quando isto ocorre, chamamos de ovulação, e a menina encontra-se em seu período fértil, na fase em que ela pode engravidar. Pois se o óvulo encontrar um espermatozóide ele vai ser fecundado e formar um embrião, iniciando-se assim uma gravidez. Portanto, para que uma menina esteja grávida, primeiro ela tem que estar em seu período fértil. É necessário que exista o óvulo. Segundo, para formar o embrião é necessário à presença do espermatozóide. Os espermatozóides passarão ter contato com a menina quando o menino ejacular. Para haver o encontro eles devem ser depositados na vagina, o menino tem que gozar na vagina.
Muitos meninos e meninas enviam-nos perguntas para saber se ao fazer sexo anal, à menina pode ficar grávida. Sexo anal não engravida. Isso porque, os espermatozóides não vão encontrar o óvulo, são canais diferentes, o da vagina leva ao útero e o do ânus, não. Mas, pode acontecer um acidente quando o menino gozar, e escorrer um pouco de espermatozóide na vagina, e se a garota tiver no período fértil, ela poderá engravidar.
Outra situação muito prazerosa, porém, de risco quando não está usando a camisinha é, quando se fica brincando com o pênis na vagina, e na hora de gozar, tira o pênis da vagina para ejacular fora, e acaba ejaculando na entrada da vagina ou quando os meninos tiram na hora de gozar, escapa um pouquinho antes.
Uma vez formado o embrião, ele vai crescer no útero. Quando se está grávida não se menstrua, porque agora, o útero está com o neném dentro dele e, se sangrar, ele vai perder o embrião. Assim, o primeiro sinal de uma gravidez é a falta da menstruação, porque agora, o útero está ocupado em alimentar e proteger o embrião que se encontra dentro dele."
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