"Pra Descrever Uma Mulher Não É Do Jeito Que Quiser Primeiro Tem Que Ser Sensível Se Não É Impossível Quem Vê Por Fora Não Vai Ver Por Dentro O Que Ela É É Um Risco Tentar Resumir Mulher De Um Lado É Corpo E Sedução Do Outro Força E Coração É Fera E Sabe Machucar Mas É Primeira A Te Curar Sempre Faz O Que Bem Quer Ninguém Pode Impedir E Assim Começo A Definir Mulher Mulher, Entre Tudo Que Existe É Principal Pra Você Gerar A Vida É Natural Esse É O Mundo Da Mulher Mulher, Que A Divina Natureza Fez Surgir A Mais Linda Obra Prima Que Alguém Já Viu Assim Nasceu A Mulher Nas Mãos De Deus Por Mais Que Um Homem Possa Ter Sem Ela Não Dá Pra Viver Às Vezes Pede Proteção Pra Ter Um Pouco De Atenção Se Finge Ser Tão Frágil Mas Domina Quem Quiser Pois Ninguém Pode Definir Mulher ( SANDRA E MIRINHA)


12 de out. de 2010

A dupla mulheres gordinhas felizes.


Mirinha é maranhense, e vive no esplendor da beleza dos lençóis branquinhos, das aguas límpidas e de povo hospitaleiro. Sandra é mineira, mora na cidade que os profetas abraçam, em Congonhas, Minas Gerais. Amigas de coração, sem medidas, de poucas palavras, e que se entendem apenas pelo " sei", digitado na tela do pc.
Ambas tem muitas coisas em comum: A simplicidade, a vontade de viver, a fidelidade ao amor ao proximo, e as gordurinhas, que teimam em aparecer, nos corpos de mais de 44 .kkkkk
Mas felizes, não se intimidam com essas protuberâncias que a vida a cada dia construiu.
Cada uma delas tem uma historia.
A gordurinha abaixo do queixo, é simplesmente pelo fato que, de cabeças baixas, ás vezes se preocupam com os filhos.E deixam estar assim, até que eles adentrem a casa depois de uma noitada.
A gordurinha, quase debaixo da axila, é a gordurinha do "Tchauzinho, por que não podemos ver um vizinho ou um amigo, que levantamos o braço num aceno de carinho.
A gordurinha, na cintura....esta é por que sabemos que avião também tem pneuzinho.
Nas coxas, nos diz o quanto deixamos de caminhar pra estarmos em casa, e deixar tudo em ordem pra quando os familiares chegarem e encontrarem tudo limpinho. Por que ginastica domestica, não tem nada haver com ginástica de academia, senão estaríamos magérrimas. kkkkkk
Enfim, somos fofinhas por inteiro, não abrindo mão de um arroz de cuxá com torta de camarão, e nem de um torresminho com angú e couve.
Somos o retrato das mães, esposas, amigas e mulheres, que se assumem com suas curvas sinuosas(com poucas  planícies kkkk) , dando um pouco mais de valor aos membros que as rodeam do que elas proprias.
Mas nosso amor, é de nosso tamanho e largura. Portanto, amamos muitos, e damos muito amor.
Enfim, somos a dupla de mulheres gordinhas e felizes, que se assume,que são inteiras,que amam o que são,e tentam passar pra voces, o muito desta forma arredondada de abraçar o mundo.
beijos
mirinha e sandra


Gordinha sim… E feliz, também!


Preta Gil: Eu sou muito mais feliz do jeito que sou hoje!
“Eu sou muito mais feliz do jeito que sou hoje. Só Deus sabe o quanto sofri pra ficar magra daquele jeito, não era de verdade, tomei remédio e fiz lipo. Pesava 52 kg. Hoje, tenho 80 kg e sou mais feliz.” Esse desabafo foi feito pela cantora Preta Gil em seu Twitter ao comentar sobre a ditadura da beleza que tomou conta da vida das mulheres.
Preta se assumiu gordinha e feliz. Não é por menos! Só quem já fez várias dietas, passou por diversos procedimentos e se matou numa academia pra perder alguns quilinhos, sabe como a missão de emagrecer é sofrida.
Por isso, muitas vezes é importante fazer como a cantora, que aceitou sua forma física, elevou sua estima e hoje é feliz com o corpo que tem.
E Preta Gil não está sozinha no grupo de celebridades que levam seus quilinhos a mais numa boa.
A americana Beth Ditto se tornou um sinônimo de gordinha fashion e descolada.

Beth Ditto, uma gordinha fashionista
Além de cantora, Beth também faz sucesso criando roupas para a marca Evans, que faz moda para meninas GG, assim como ela.
Beth mantém seu estilo próprio, não se preocupa com seu excesso de peso e usa roupas que seriam consideradas um absurdo para uma mulher acima do peso. Para entender: a fashionista abusa de cores e brilhos. Estes ajudam a compor seu estilo “ridicool“, como ela mesma define.
Já faz tempo que Ditto é sucesso no mundo da moda. Com muitos amigos estilistas e modelos, a cantora já estrelou diversos editoriais e foi capa de uma das revistas de moda mais badaladas e cools da atualidade.
Outra que também causa furor no mundo da moda internacional é uma modelo GG, e ela é brasileira.
Fluvia Lacerda estrela a campanha da marca americana Igigi, que, assim como a Evans, produz roupas para gordinhas.
A campanha estrelada pela modelo criou polêmica, afinal, seu slogan “So Go Ahead, Call Me Fat” (Vá em frente, me chame de gorda!), é impactante.

Fluvia Lacerda é brasileira, modelo plus size e deu o que falar nos EUA.
O filme de um minuto e meio, intitulado “16” (que no Brasil é o equivalente ao manequim 46), mostra Fluvia fazendo caras e bocas, com orgulho de seu corpo e curvas generosas.
A grife tem como idéia criar uma sequência para a campanha, mostrando Fluvia se preparando para as mais diversas situações do dia a dia, escolhendo a roupa para trabalhar, até um encontro romântico.
Esses três exemplos nos fazem no mínimo pensar se realmente é necessário ser magérrima para estar bem e feliz.
Claro que deve haver o cuidado com a saúde, porém, será que há a necessidade de cometer loucuras para ter o corpo em forma?
Vale a reflexão!
TEXTO: Douglas Petry

SOU GG MESMO, E DÁI?


Sábado de sol. Você passeia pela rua sem muita pressa, andando de um lado para o outro para matar o tempo. De repente, vê uma vitrine que chama atenção e decide entrar na loja para dar aquela olhadinha característica de quem não procura nada específico. A vendedora vem ajudar e olha para você com uma cara preocupada, um pouco sem graça, enquanto você examina as araras cheias. “Nosso maior tamanho é G, mas, preciso dizer que a forma é pequena”, murmura a moça, sem saber onde enfiar a cabeça. Você fica ofendida. Tem vontade de espernear, gritar e perguntar com quem ela acha que está falando. Mas esboça um sorrisinho igualmente encabulado e dá meia volta. Afinal de contas, um pensamento racional lhe ocorre: realmente, um vestido G não vai caber.

Muitas mulheres que vestem o chamado plus size já passaram por tipos semelhantes de constrangimento. Algumas se apertam em roupas pequenas ou vivem de dieta para perder algumas numerações e, enfim, conseguirem usar as roupas que querem. Mas, se você é uma delas, temos a felicidade de informar que esta rotina está mudando. A passos de formiga, é verdade, mas não podemos dizer que mães ou avós mais gordinhas tinham a oferta que temos hoje de marcas especializadas em moda de tamanhos especiais. Minha avó, por exemplo, tinha que costurar seus próprios modelitos – e assim fez durante toda a vida. Há, sim, várias grifes que se dedicam a modelagens maiores, mas o problema que os mulherões enfrentam agora é outro.
“Sinto falta de peças próprias para a minha idade. Muitas vezes, vou a uma loja e saio de lá parecendo uma mulher de 40 anos em tons pretos e marrons”, reclama a estudante Bruna de Oliveira, 17 anos. E ela tem razão. Presos no tabu de que cores sóbrias emagrecem, muitos estilistas de moda GG preferem se ater a tons sombrios, que não têm nada a ver com adolescentes e mulheres que gostam de se vestir de forma bem-humorada. Neste sentido, a indústria ainda peca muito e os designers têm medo de arriscar e não achar mercado para suas inovações.
Semana de Moda para grandes mulheres – Nos Estados Unidos, há uma vasta corrente de meninas que se autoproclamam “fatshionistas“. Nos dias 8 e 9 de julho, 11 blogueiras organizaram a Young Fat and Fabulous Conference em Nova York, um encontro com vendedores de roupas plus size. No fim de semana, elas conversaram com os lojistas sobre o que esperam da moda, sua autoimagem e o quão cafona lhes parece essa história de disfarçar os quilinhos extras com as roupas. “Adoro jeggings (leggings de jeans), e, quanto mais apertadas, melhor para mim”, disse ao The Ny Times Amelia Pontes, dona do blog Sound Bites – e, a propósito, muito feliz com sua forma física.

8 de out. de 2010

BELÍSSIMA


Porque a beleza te escolheu
Para se representar
O mundo pode ser seu
Você só deve ser ou estar
Porque o belo te elegeu
Para se mostrar
O mundo quer te pertencer
É só você querer ou desprezar
Comigo não, belíssima
Com truques não, belíssima
Comigo nada menos do que você me deixou entrever
Por trás do aço do reflexo que te faz embevecida

Chapéus voltam com tudo e fazem a cabeça da mulherada


Acessório de luxo e beleza esquecido no século passado, o chapéu ganha as ruas e passarelas do mundo e faz a cabeça (e o look!) da mulher moderna
Tradicional símbolo de elegância do início do século XX, o chapéu, depois de muito tempo afastado das ruas e passarelas, agora volta com tudo e promete ser o acessório da primavera/verão 2011. Na última edição da São Paulo Fashion Week e do Fashion Rio, o chapéu reinou com quase unanimidade nos desfiles, mostrando que realmente caiu no gosto dos estilistas.

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"O chapéu é perfeito para o clima brasileiro. Além de proteger os cabelos e a cabeça dos raios solares, é um item charmoso, divertido, ousado e de personalidade", destaca o consultor de estilos Rodrigo Cezário. De acordo com o profissional, a "must have" da estação será o modelo floppy, com abas largas, em palha ou ráfia. Os modelos fedora e panamá também estão em alta, já que são vistos frequentemente nas produções dos astros de Hollywood.



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"As cores neutras, o laranja, o marrom, o xadrez e o jeans serão as mais usadas nos acessórios. Para o look ficar mais sofisticado, podemos agregar lenços em volta da copa, broches e flores. Os chapéus são ideais para o dia, mas durante a noite eles podem ser utilizados em produções mais ousadas, como em uma balada ou em um ambiente mais informal", revela Rodrigo Cezário.



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No entanto, o consultor de estilos alerta para alguns cuidados ao utilizar um chapéu na produção. "Deve-se levar em conta o formato do rosto, altura e largura da cabeça e do pescoço. Para o look ficar harmonioso, é necessário saber dosar o uso dos acessórios, com brincos médios, colares de tamanhos variados e óculos. Sabendo combinar, os chapéus valorizam qualquer visual", explica.

EXPOSIÇÃO DE CHAPÉUS NO PÁTIO SAVASSI

Para mostrar o que há de mais atual na moda dos chapéus, o Pátio Savassi lança a coleção primavera/verão 2011 com uma exposição do trabalho de Lenice Bismarcker, chapeleira de Belo Horizonte com mais de 60 anos de profissão. A mostra, que tem curadoria de Zuza Nacif, ocorrerá entre os dias 14 e 27 de setembro, nos corredores do piso L2 do mall.

"A exposição será uma oportunidade imperdível para os clientes apreciarem a evolução dos chapéus. Teremos peças antigas, dos anos 50, quando Lenice começou sua carreira, e também, alguns artigos exclusivos, feitos para a exposição", revela a gerente de marketing do shopping, Rejane Duarte.

Feliz com a volta do uso do acessório, a chapeleira Lenice Bismarcker alerta que o mais importante é se sentir confortável ao usá-lo. "Independente se é moda agora ou não, a pessoa deve se sentir bem com o que usa da cabeça aos pés", afirma.

DICAS DE COMO USAR CHAPÉU:

• Escolha um modelo proporcional ao seu rosto e a sua estatura;

• Cuidado com os excessos de informação, o chapéu deve ser usado como acessório principal. Então saiba dosar o tamanho dos brincos e colares.

• Para quem não quer o chapéu como destaque, a cor próxima do tom do cabelo chama menos atenção e combina com todas as roupas. Os neutros também garantem menor notoriedade

• Chapéus com abas ficam melhor em pessoas de cabelos curtos, médios ou presos. Modelagens sem aba, como as boinas, podem ser usados com cabelos longos.

• O chapéu muito caído para frente reduz e destaca as feições. Muito para trás, cria um ar despreocupado. Uma ligeira inclinação para o lado deixa o visual mais jovem.

• Na praia, é recomendado o uso dos chapéus de palha fina, tecido ou crinol. Cuidado para que as cores do acessório não briguem com as do biquíni.

PRIMAVERA

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

APRENDA A LIDAR COM O AMOR NAO CORRESPONDIDO



Você jura ter encontrado o homem da sua vida e tem certeza de que somente ele será capaz de lhe fazer feliz. Mas, o que não estava nos seus planos era não ser correspondida afetivamente por ele.
 
 


Algumas atitudes podem indicar que o homem está pouco interressado em investir na mulher. De acordo com a terapeuta de casal Cláudya Toledo, se ele não olha ou não repara na mulher, não escuta o que ela diz e, principalmente, fica com o corpo voltado para outra direção quando está perto dela, definitivamente, o homem não sente atração.

Entretanto, a psicóloga especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP, Junia Ferreira, chama a atenção para um problema recorrente entre os relacionamentos de hoje em dia. "Existe muita precipitação por parte das mulheres, uma grande vontade de encontrar um amor. É preciso ir com calma, sem pressa e dar tempo para conhecer melhor o parceiro", afirma.

Outra dica da psicóloga para tentar evitar um amor não-correspondido é procurar alguém que tenha os mesmos gostos e preferências, já que será mais fácil compartilhar as experiências de vida.

Se você acredita que seus sentimentos não estão sendo correspondidos, Cláudya Toledo aconselha a reverter a situação. Segundo ela, é possível sim deixá-lo caidinho por você. "Para o homem é fundamental sentir atração física pela mulher. Portanto, é importante se arrumar para estar bonita para ele", diz.

Muitas vezes, a mulher acaba se declarando por acreditar que assim despertará algum sentimento no rapaz. A terapeuta Cláudya desaprova tal providência. "O homem não fica com alguém que se faz de pobrezinha. Ele ainda isola a pessoa porque não sabe lidar com a "revolução de sentimentos", afirma.

Portanto, evite expor seus sentimentos para não se sentir humilhada e frustrada. Além disso, os conflitos amorosos existem para serem superados. "Para se livrar de um amor não-correspondido, a mulher deve dar um tempo para se recolher e chorar bastante, para depois ficar linda e fazer a 'fila andar'", diz Cláudya. A terapeuta ainda explica que tanto mulheres quanto homens têm de se acostumar com a "onda amorosa", que é composta por altos e baixos. "Tem que existir o baixo para que a onda possa ter seu auge", finaliza.

Já a psicóloga Sueli Castillo aconselha a mulher a se valorizar e acreditar em si mesma. "Claro que ela vai viver em um período de "luto", afinal passou por uma perda. Mas depois disso, o importante é que ela tenha consciência de que a vida é feita de tentativas, com erros e acertos. Certamente, acabará encontrando um homem capaz de amá-la".

Anemia Falciforme

 
HISTÓRICO
A Anemia Falciforme tem origem desconhecida, mas provavelmente desenvolveu-se na África, milhões de anos atrás. Protege as pessoas contra a malária, doença séria e comum nos países de clima quente.
No Brasil estima-se que 3 de cada 100 pessoas são portadoras do traço de Anemia Falciforme e 1 em cada 500 negros brasileiros nasce com uma forma de doença.
Embora haja uma maior incidência na raça negra, os brancos, particularmente os que são provenientes do Mediterrâneo (Grécia, Itália, etc.) Oriente médio, Índia, apresentam a doença.
Diante deste quadro é possível deduzir-se que a miscigenação racial existente no Brasil está gerando a continuidade desta anemia, conforme ratifica a literatura científica brasileira, apontando de forma contundente que anemias hereditárias no país constituem um grave problema de saúde pública.
A DOENÇA

A Anemia Falciforme é uma doença genética e hereditária, causada por anormalidade da hemoglobina dos glóbulos vermelhos do sangue, responsáveis pela retirada do oxigênio dos pulmões, transportando-os para os tecidos. Esses glóbulos vermelhos perdem a forma discóide, enrijecem-se e deformam-se, tomando o formato de “foice “. Os glóbulos deformados, alongados, nem sempre conseguem passar através de pequenos vasos, bloqueando-os e impedindo a circulação do sangue nas áreas ao redor. Como resultado causa dano ao tecido circunvizinho e provoca dor. O curso da doença é variável. Há doentes que apresentam problemas sérios com mais freqüência e outros têm problemas esporádicos de saúde.
Geralmente é durante a Segunda metade do primeiro ano de vida de uma criança que apareceram os primeiros sintomas da doença. Exceção é feita nos casos onde o exame de sangue – para detecção da doença – foi realizado já no nascimento ou no berçário. Até atingir a idade escolar é comum a doença se manifestar; é raro isso não ocorrer.
A Anemia Falciforme não deve ser confundida com o traço falciforme. Traço falciforme significa que a pessoa é tão somente portadora da doença, com vida social normal.

O QUE É DOENÇA FALCIFORME?
A Doença Falciforme é uma doença herdada em que, os glóbulos vermelhos, diante de certas condições, alteram sua forma e se tornam parecidos com uma foice, daí o nome falciforme.
Os glóbulos vermelhos em forma de foice se agregam e dificultam a circulação do sangue nos pequenos vasos do corpo. Com a diminuição da circulação ocorrem lesões nos órgãos atingidos, causando dor, destruição dos glóbulos, icterícia (olhos amarelos) e anemia.

COMO UM INDIVÍDUO SE TORNA PORTADOR DE ANEMIA FALCIFORME?
A hemoglobina, pigmento que dá cor vermelha aos glóbulos vermelhos, é essencial para a saúde de todos os órgãos do corpo transportando o oxigênio.
A hemoglobina normal é chamada de A e os indivíduos normais são considerados AA, porque recebem uma parte do pai e outra da mãe.
Na Anemia Falciforme a hemoglobina produzida é anormal e é chamada de S. Quando a pessoa recebe de um dos pais a hemoglobina A e de outro a hemoglobina S, ele é chamado de “traço falcêmico”, sendo representado por AS. O portador de traço falcêmico não é doente, sendo portanto, geralmente assintomático e só é descoberto quando é realizado um estudo familiar.
Quando uma pessoa recebe de ambos, pai e mãe, a hemoglobina S, ela nasce com Anemia Falciforme cuja representação é SS. Então os pais do paciente com Anemia Falciforme deverão ser portadores do traço ou doentes.
Além de filhos com Anemia Falciforme, pessoas portadores do Traço Falcêmico poderão também ter filhos normais ou portadores do traço como eles.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ANEMIA FALCIFORME E DOENÇA FALCIFORME?
A Anemia Falciforme acontece quando o indivíduo é SS. Ocorre entretanto em alguns indivíduos a união de um traço S com outro traço doente (C, D, Talassemia), levando ao aparecimento da hemoglobinopatia SC, SD, S-Talassemia.
Todas as hemoglobinopatias juntas incluindo a Anemia Falciforme (SS), são chamadas de Doenças Falciformes (SS, SD, SC, S-Talassemisa).

QUAIS OS SINTOMAS DA DOENÇA?
A Doença Falciforme (englobadas SS, SC, SD, S – Talassemia), pode se manifestar de forma diferente em cada indivíduo. Uns têm apenas alguns sintomas leves já outros apresentam um ou mais sinais ou sintomas que vamos descrever:

1. Crise de Dor

É o sintoma mais freqüente da Doença Falciforme causado pela obstrução de pequenos vasos pelos glóbulos vermelhos em foice.
A dor pode se localizar nos ossos ou nas articulações, no tórax, no abdômen, podendo atingir qualquer local do corpo.
Essas crises têm duração variável e podem ocorrer várias vezes ao ano. Geralmente são associadas ao tempo frio, infecções, períodos pré-menstrual, problemas emocionais, gravidez, ou desidratação.

2. Icterícia (cor amarela nos olhos)

É o sinal mais freqüente da doença. O quadro não é contagioso e não deve ser confundido com hepatite. Quando o glóbulo vermelho se rompe, aparece um pigmento amarelo no sangue que se chama bilirrubina. A urina se torna cor de coca-cola e o branco dos olhos torna-se amarelo.

3. Síndrome Mão-pé

Nas crianças pequenas as crises de dor podem ocorrer nos pequenos vasos das mãos e dos pés causando inchaço, dor e vermelhidão no local.

4. Infecções

Podem ocorrer infecções freqüentes localizadas na garganta, pulmões e ossos. Estas infecções devem ser vistas pelo médico hematologista tão logo apareçam, podem ser muito graves e até fatais. Todos os pacientes devem estar com a caderneta de vacinação atualizada. Ao primeiro sinal de febre procure o Hospital onde você é atendido, isto certamente fará com que a infecção seja controlada com mais facilidade. Para prevenir infecções graves, todos os pacientes até 5 anos de idade devem receber penicilina (Benzetacyl de 21/21d ou penicilina oral 2x dia) ou Eritromicina se forem alérgicos à penicilina.

5. Úlceras de Perna

Úlceras de perna ocorrem, freqüentemente, próximo aos tornozelos.
Os pacientes devem ser orientados pelo médico hematologista para o tratamento das úlceras e encaminhados para a sala de curativos.
As úlceras podem levar anos para cicatrização completa, se não forem bem cuidadas no início de seu aparecimento. Para prevenir o aparecimento de úlceras, os pacientes devem andar com meias grossas e sapato.

6. Seqüestro do Sangue no Baço

O afoiçamento dos glóbulos no baço pode levar ao seqüestro do sangue. Há palidez e dor no baço e é uma emergência. Procure o hospital onde você é atendido.

EXISTE CURA PARA A DOENÇA FALCIFORME?
A Doença Falciforme, embora não tenha cura, já que é hereditária tem controle. Por isso é necessário fazer o diagnóstico precoce e ir sempre à consultas.
COMO DEVEM SE COMPORTAR NO DIA-A-DIA AS PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME?
Elas devem fazer repouso moderado, evitando exercícios muito pesados. Devem também alimentar-se com legumes, verduras, frutas e carnes, e ingerir bastante líquidos. É importante agasalhar-se durante o período de frio, usar roupas leves durante o verão e usar sempre sapatos e meias para evitar machucados nas pernas. Se apresentar crises leves de dor, sem febre, deve aumentar a ingestão de líquidos e usar remédios para dor.
Se houver febre ou crises que melhoram, procurar o hospital onde você é atendido.

Fonte:  MANUAL DO PACIENTE COM DOENÇA FALCIFORME            Ministério da Saúde
            Secretaria de Políticas de Saúde
            Coordenação de Sangue e Hemoderivados
            Sub-Comitê de Anemia Falciforme

VOLUNTARIADO


Trabalho voluntário é toda atividade desempenhada no uso e gozo da autonomia do prestador do serviço ou trabalho, sem recebimento de qualquer contraprestação que importe em remuneração ou auferimento de lucro.
O trabalho voluntário tem se tornado um importante fator de crescimento das Organizações Não Governamentais, componentes do Terceiro Setor. É graças a esse tipo de trabalho que muitas ações da sociedade organizada têm suprido o fraco investimento ou a falta de investimento governamental em educação, saúde, lazer etc.
Atualmente existem diversas organizações que se utilizam do trabalho voluntário de milhares de pessoas, não só no Brasil como em todo o mundo. Bons exemplos de organizações internacionais são: a Cruz Vermelha" e o Serviço Voluntário Internacional do Brasil [1] que tem ramificações em vários países. O SVI Brasil é o representante no país de um movimento pacifista mundial que desde 1920 promove o intercâmbio de serviços voluntários.
Uma forma de trabalho voluntário com a participação de milhões de pessoas é a computação voluntária, em que indivíduos instalam sistemas em seus computadores pessoais para colaborar em projetos científicos
O trabalho voluntário, ao contrário do que pode parecer, é exercido de forma séria e muitas vezes necessita de especialização e profissionalismo ", já que empresas de toda sorte, como hospitais, clínicas, escolas etc precisam do auxílio de profissionais formados em várias áreas. Em Portugal o exemplo mais antigo e importante é representado pelas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários,pilar fundamental do exercício "Vida por Vida".
 
doando capacidade ociosa dos mesmos.

TRABALHO VOLUNTARIO


Amigos da escola:


O
Amigos da Escola é um projeto social brasileiro fundado pela Rede Globo, em agosto de 1999, que visa fortalecer a rede pública de ensino básico.

 Descrição do projeto

Fundado pela Rede Globo, em agosto de 1999, o projeto Amigos da Escola tem apoio, principalmente, do Faça Parte, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O objetivo do projeto é beneficiar o ensino público através do serviço voluntário. Nesse contexto, a proposta é a mobilização pessoal e a divulgação de escolas interessadas por meio da televisão, além da promoção das boas experiências do projeto em espaços jornalísticos da Rede. Por outro lado, é bem esclarecido que o Amigos da Escola não participa do processo de seleção ou de capacitação dos voluntários, além de não pedir ou oferecer contribuições financeiras.

 Dias temáticos

Os dias temáticos são parte importante d
O
Amigos da Escola é um projeto social brasileiro fundado pela Rede Globo, em agosto de 1999, que visa fortalecer a rede pública de ensino básico.

 Descrição do projeto

Fundado pela Rede Globo, em agosto de 1999, o projeto Amigos da Escola tem apoio, principalmente, do Faça Parte, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O objetivo do projeto é beneficiar o ensino público através do serviço voluntário. Nesse contexto, a proposta é a mobilização pessoal e a divulgação de escolas interessadas por meio da televisão, além da promoção das boas experiências do projeto em espaços jornalísticos da Rede. Por outro lado, é bem esclarecido que o Amigos da Escola não participa do processo de seleção ou de capacitação dos voluntários, além de não pedir ou oferecer contribuições financeiras.

 Dias temáticos

Os dias temáticos são parte importante do projeto, pois servem de mobilização às escolas participantes em todo o Brasil. São escolhidos temas relevantes à sociedade, sendo organizadas atividades especiais. Em 2006, o assunto central era educação, ética e cidadania, sendo estimada a participação de 70.000 pessoas nos quatro dias temáticos. No ano seguinte, o tema foi repetido e o número de dias temáticos aumentado para seis.

 Participantes

O projeto conta com mais de 30.000 escolas públicas cadastradas para o recebimento de voluntários, estando presente em todas as unidades da Federaçãoo projeto, pois servem de mobilização às escolas participantes em todo o Brasil. São escolhidos temas relevantes à sociedade, sendo organizadas atividades especiais. Em 2006, o assunto central era educação, ética e cidadania, sendo estimada a participação de 70.000 pessoas nos quatro dias temáticos. No ano seguinte, o tema foi repetido e o número de dias temáticos aumentado para seis[1].

Depressão materna e o impacto no bebe


Ninguém pode negar a importância da presença da mãe para o desenvolvimento e crescimento, em todos os aspectos, da criança. A mamãe precisa ter energia física e psíquica para acompanhar todas as etapas da vida do seu filho, protegendo-o, traduzindo o mundo e satisfazendo as necessidades da criança.
A mamãe é a pessoa que dá a oportunidade do bebê conhecer o mundo, oferecendo o equilíbrio que a criança precisa para organizar todas as novidades que chegam diariamente.
Se a depressão materna acontece, principalmente se ocorrer na infância ou adolescência dos filhos, um grande impacto no comportamento e intelecto recai sobre essas crianças.
Desde o nascimento, o bebê precisa da ajuda da mamãe para conseguir sentir-se seguro, confiante e poder se desenvolver motor e cognitivamente. Uma mãe depressiva nessa época torna-se ausente e empobrecida de estímulos para seu filho.
O bebê já demonstra irritação com essa atitude depressiva, sendo um bebê choroso, tendo mais diarréia que um bebê com uma mãe não depressiva, não tem um contato visual constante com sua mãe ou com estranhos. A interação desse bebê com o mundo é precária e ele se identifica mais com o rosto de alguém triste do que com um alegre. Viu como um problema da mãe pode gerar tanto nó na cabecinha do bebê?
Futuro depressivo - Uma criança que tem a mãe depressiva tem maiores chances de desenvolver alterações emocionais, uma depressão, por exemplo, assim como a mãe.
Essas mamães têm problemas de impor limites: às vezes são permissivas demais e outras rígidas demais. Essa dificuldade faz com que as crianças, principalmente entre os 18 e 42 meses, tenham dificuldade de se relacionar com seus amiguinhos, criando relações inseguras e desorganizadas, com problemas claros de comportamento.
Alguns estudos realizados demonstram maiores índices de dificuldades escolares, seja por déficit de atenção ou distúrbio de aprendizagem, maior comportamento de risco e maior número de acidentes com os filhos de mães depressivas.
Um grupo de pesquisadores publicou um artigo na revista Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry em janeiro de 2007 relatando o comportamento de adolescentes cujas mães apresentavam episódios depressivos. Verificou-se maior número de usuários de drogas ilícitas, iniciação precoce da atividade sexual e maiores taxas de abandono escolar.
Os filhos, desde pequeninos, espelham-se bastante no comportamento materno. Proteção, acolhimento, apoio e correção colocados pela mãe são cruciais na formação e consolidação da personalidade das crianças.

Dicas
O apoio da família, terapêutico e social é importante para que as mães depressivas possam exercer sua função de protetora.
Um pai presente pode amenizar os riscos negativos que a depressão materna acarreta na vida dos filhos.
Quanto antes a depressão for tratada, menor será o impacto no desenvolvimento das crianças.
Bruno Rodrigues

Paternidade

Paternidade
Muitas gestantes ainda se referem à gravidez com exclusividade, utilizando-se de expressões que, consciente e inconscientemente, transmitem a mensagem que são questões puramente femininas, como se o homem fosse apenas continente de suas angústias e ansiedades e, paradoxalmente, ressentem-se pela indiferença de seus parceiros.
Tais atitudes refletem posturas ancestrais quando, de fato, o homem era excluído da relação e sua participação terminasse no momento em que o bebê era concebido.
Felizmente os tempos mudaram, e o que vemos atualmente é que cada vez mais aumenta o número de homens que desejam participar ativamente do processo da paternidade, constituindo-se num elemento-chave indispensável da equação pré-natal. Assim, não se considera apenas a mulher grávida, mas o casal grávido.
Durante os meses de gestação, o feto ouve a voz paterna e percebe a influência que exerce em sua mãe, através dos batimentos cardíacos, produção hormonal e corrente sangüínea. Tudo quanto afeta positiva e negativamente sua mãe, afeta-o também e as questões conjugais entram em jogo com um grande peso, já que são as que mais atingem emocionalmente a gestante.
A voz paterna é tão importante para a criança que se o pai se comunicar com ela ainda in útero, a criança é capaz de reconhecê-la e de reagir, logo ao nascer. Assim, se por qualquer obstáculo mãe e bebê são separados após o nascimento, e se a mãe estiver impossibilitada de acompanhar sua recuperação, o pai deve assumir e estabelecer contato com ele para que não perca seus referenciais intra-uterinos, podendo sentir-se novamente em segurança.
É' verdade que fisiologicamente o homem está em desvantagem, já que quem gesta o bebê é a mulher, porém, se ela puder ajudá-lo e conseguir introduzi-lo nesta relação tão íntima, fazendo-lhe um lugar, este pai poderá assumir a função que lhe é de direito e de amor e o vínculo paterno-filial irá se fortalecendo com o passar do tempo, aumentando seu envolvimento e prazer em acompanhar o desenvolvimento da gestação.
No exato instante em que a mulher anuncia ao homem que está grávida, implicitamente anuncia o nome de família que esta criança terá. O impacto da notícia depende da história do casal e do tipo de relação que une o homem e a mulher, que pode ter vários efeitos, desde uma felicidade extrema e compartilhada, até separações, afastamentos e conflitos.
O modo como o homem vivencia a gravidez é diferente da mulher. Mesmo as emoções, apesar de as mesmas, também são vivenciadas diferentemente. E é por isso que as gestantes não compreendem e até se ressentem quando seus parceiros não se manifestam com a intensidade esperada, inclusive quando a gravidez foi planejada e desejada por eles.
Em primeiro lugar, porque desejar um filho é completamente diferente de se projetar como pai. E isto é válido também para a mulher. Enquanto o desejo de um filho situa-se no plano da fantasia, onde todas as expectativas são idealizadas, projetar-se como pai remete-o à realidade das responsabilidades que deverão ser assumidas e pelas quais também se percebe inseguro e despreparado.
Em segundo lugar, porque também se encontra em estado regressivo, quando os conflitos infantis, conscientes e inconscientes, são reatualizados, principalmente no tocante à relação com os pais de origem, em especial, com a figura paterna.
Embora o homem e a mulher contribuam igualmente para a concepção do filho, é a mulher que vai vivenciar as transformações físicas e sentir o bebê crescer dentro de seu corpo. Isto causa muita inveja e ciúme no homem por não poder participar diretamente da díade mãe-bebê, o que pode levá-lo a sentir-se excluído da relação.
Para se fazer um lugar, produzem-se os sintomas que são expressões inconscientes desse desejo. Aparecem, então, sensações semelhantes às da mulher, como aumento de apetite, problemas digestivos, intestinais, aumento de sono... Muitas vezes procura inteirar-se de todas as informações possíveis sobre a gravidez, parto e puerpério, como também de captar a cada instante os movimentos fetais, colocando a mão no ventre da parceira.
Outros homens excluem-se da relação, como se não pudessem ou devessem ter acesso à gravidez. Culturalmente, ainda se lhes encontra enraizado que a demonstração de ternura e os cuidados para com um bebê vão contra o conceito de masculinidade.
Outros, ainda, sentem-se incompreendidos e desamparados em suas angústias e ansiedades, pois também se percebem fragilizados, cheios de dúvidas e com medodo futuro e, sem ninguém para ouvi-los, uma vez que o ambiente mais próximopermanece voltado apenas para a gestante, saem em busca de amigos, ficandocada vez mais afastados do ambiente doméstico, e o que é pior : sofrendo sozinhos.
Mas a psicologia pré-natal, com seus estudos cada vez mais avançados, tem demonstrado claramente a importância para o feto do contato precoce com a figura paterna. Quanto mais cedo o vínculo é formado, tanto pelo contato físico no ventre da mulher quanto pela emissão de palavras, maiores benefícios emocionais trarão após o nascimento, pois o bebê necessita tanto dos cuidados maternos quanto dos paternos, visto ser receptivo e sensível a estes, principalmente se tiveram início na vida intra-uterina.
Como a criança já guarda lembranças na vida pré-natal e é capaz de retê-las, a ligação profunda e intensa pai-feto é essencial para o continuum do vínculo pós-nascimento. Este pai, então, deixa de ser mero provedor para compartilhar dos cuidados básicos com o bebê, bem como de sua educação e desenvolvimento físico-emocional.
Mas os limites de cada um devem ser respeitados. Há pais que por não conseguirem experienciar a troca de fraldas, assumem outras tarefas como dar banho, alimentar, levar a passear. Sendo assim, podem revezar com a mulher, deixando de sobrecarregá-la e de se sobrecarregar, ficando ambos mais disponíveis emocionalmente para o bebê. Além do contato com ele, o homem também tem uma função importante como companheiro, pois transmitindo amor e segurança à mulher, colaborará para que ela acolha mais intensamente seu próprio filho.
Muitos homens se decepcionam com a parceira e vice-versa, por não corresponderem ao ideal de pais que construíram, o que pode gerar novos conflitos ou romper um equilíbrio que já era frágil. Se as expectativas forem irreais, há de se refletir para encontrar um meio de reassegurar o bom entendimento, através de muita compreensão e de ajudas mútuas para sobrepujar as dificuldades que porventura surjam.
O reatamento das relações sexuais também são fonte de grande angústia do homem, visto ainda estar em estado regressivo. O temor de machucar a mulher ressurge com a mesma intensidade que na adolescência, o que causa grande insegurança na parceira por perceber este distanciamento como uma rejeição a si mesma.
Alguns homens se afastam da mulher por estarem ainda ressentidos pelo abandono sofrido durante todo o processo da gestação, o que lhes causou sentimentos de intenso ciúme e rivalidade para com o filho, tal como ocorrem quando nasce um irmão.
Outros, ainda, por sua história pessoal, modelos parentais ou culturais, vêem em suas parceiras apenas a imagem materna, o que tornam as relações sexuais inviáveis. Para outros, ao contrário, a parceira fica ainda mais sedutora, pois foi quem gestou seu filho, prova viva de sua virilidade.
A presença ou não do homem na sala de parto, é outra questão que surge e que depende do desejo e disponibilidade do futuro papai. Há homens que não se sentem à vontade para assistir o parto, pois além de revivenciarem a reatualização da angústia do próprio nascimento, teriam que suportar a culpa e responsabilidade, que muitas vezes surgem, ao se depararem com o que a parceira está vivenciando fisicamente. Outros assumem a tarefa sem dificuldade, funcionando como suporte emocional da mulher e de acolhimento ao bebê nesta sua vinda ao mundo aéreo.
Mas o direito de estar presente na sala de parto, não deve transformar-se em obrigação. Deve ser negociado entre o casal e decidido de comum acordo, o que é melhor para cada um.
Assim como a puérpera, o homem também experiencia a depressão pós-parto, temendo não ser capaz de assumir a nova família, de ser bom pai e, principalmente, temendo perder o lugar que tem junto à companheira, pois sabe que seu filho irá exigir toda sua atenção e cuidados nos primeiros meses.
Mas, essencialmente, o baby blues tem origem no trauma da angústia de separação da mãe e que se funda na cesura do cordão umbilical, no momento do próprio nascimento, que é reatualizado com profunda e intensa ansiedade.
De qualquer maneira, homem nenhum passa imune ao processo de gestação e do nascimento de um filho. Com a evolução dos estudos sobre a relação paterno-filial, desde a vida intra-uterina, muitos homens estão se conscientizando e assumindo a paternidade de modo mais responsável, valorizando a importância de sua participação na vinda e na vida de seus filhos.
Com isto, homens e mulheres poderão estabelecer vínculos mais solidários e sólidos, independentemente da sitiuação do vínculo afetivo, o que certamente irá produzir gerações futuras de crianças emocionalmente mais ajustadas, estáveis, seguras e, portanto, muito mais felizes.
Ana Maria Moratelli da Silva Rico
Psicóloga clínica